'O maior massacre da história federativa do País', diz Cabral sobre redistribuição dos royalties

Para tentar obter um veto ou uma mudança na emenda que redistribui os royalties de petróleo, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) organiza o movimento "Contra a covardia, em defesa do Rio". Na coletiva deste sábado, Cabral convocou mais uma vez a população e afirmou que esse é "o maior massacre da história federativa do País", segundo informações da CBN. "Na minha vida e na história jamais vi um massacre dessa natureza em um estado de direito democrático", afirmou o governador, que disse que desta vez não choraria. "Na PUC, eu estava muito emocionado. Minha mulher e meus filhos estavam presentes".

Foto: Divulgação/ Carlos Magno

O Rio não aceita

 essa violência contra o seu povo. Esse estado foi o estado que liderou a campanha “O Petróleo é nosso”, liderou a campanha da redemocratização, foi o mais inquieto contra a ditadura militar. Esse estado não fica cabisbaixo e não vai aceitar essa covardia. Somos 16 milhões de habitantes, recebemos cerca de 8 milhões de visitantes por ano, um estado que recebe o Brasil inteiro de braços abertos. Vamos mostrar ao Brasil, o valor do povo, o valor da nossa indignação e do nosso compromisso da mobilização dos fluminenses - disse. O governador disse que a emenda Ibsen Pinheiro ameaça a realização das Olimpíadas e da Copa do Mundo. "Essa emenda inviabiliza Olimpíadas e inviabiliza Copa do Mundo. As prefeituras param. O estado não terá recursos. No nosso caso, para tudo." O ato tem por objetivo unir todas as forças políticas e da sociedade pelo veto à emenda, que redistribui royalties do petróleo e tira R$ 7 bilhões do Estado do Rio ao ano. A manifestação terá concentração às 16h, na Candelária, no próximo dia 17, e seguirá pela Avenida Rio Branco até à Cinelândia, onde haverá um ato público. Cabral anunciou que haverá ponto facultativo nas repartições públicas, a partir das 15h, na próxima quarta. Da mesma forma, disse que o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e representantes do governo capixaba estarão de braços dados na luta.