Daiane diz que não sabia que substância era proibida: 'Não tenho por que mentir'

Após dez dias de silêncio, Daiane dos Santos enfim se pronunciou sobre o exame antidoping a que foi submetida. A ginasta, que não compete desde as Olimpíadas de Pequim-2008, testou positivo para furosemida, um tipo de diurético, e pode pegar até dois anos de suspensão. Ela disse que não sabia se tratar de uma substância proibida.

- Não é todo mundo que sabe quais são as substâncias proibidas. Concordo que tenhamos que saber. Eu não tenho o livro em casa.

Daiane tem até sexta-feira para apresentar sua defesa à Federação Internacional de Ginástica (FIG).

- A FIG quer esclarecimentos, não está me julgando. Ela quer saber o porquê de eu estar usando. Vou dar essa mesma explicação.

Daiane disse que, em outubro, quando voltou de Copenhague - onde ajudou a campanha Rio-2016 -, recebeu um e-mail da Agência Mundial Antidoping (Wada).
- Era um e-mail em inglês. Pedi para traduzirem. Dizia que tinha aparecido a furosemida na minha urina. Eu já tinha escrito no formulário que estava usando a substância.

Daiane tomou a substância porque fazia um tratamento para reduzir gordura localizada com uma biomédica - esteticista. No dia do exame, a médica passou à ginasta todas as substâncias contidas no tratamento. Daiane as listou no formulário entregue à FIG.

- Fui desatenta. Eu pensei: "ah, não posso treinar, competir e achei podia fazer tratamento. Não pensei q ia fazer antidoping. Pensei realmente no tratamento estético. Todo mundo faz. Assim como tem gente q faz lipo, eu fui fazer tratamento estético também.

Perguntada se acreditava ter sido vítima de uma armação, Daiane preferiu não polemizar.

- Estou preocupada em defender o meu nome, em esclarecer as coisas. Quero contar a verdade - disse.