Teresópolis – O bairro de Campo Grande foi arrasado pelas enxurradas que já mataram pelo menos 343 pessoas em Teresópolis. Da localidade alegre e movimentada que existiu até o dia 11 de janeiro sobraram apenas poucas casas em ruínas e as demais condenadas pela Defesa Civil.
Como foi ordenada a desocupação de Campo Grande, o bairro mais parece uma cidade fantasma, devastada por uma guerra. Pouquíssimas pessoas se arriscam a caminhar pelos escombros, na tentativa de recolher algo útil que tenha sobrado.
As casas que ainda estão em pé dão passagem fácil ao visitante, pois já não há portas e as paredes desabaram. No interior, vestígios dos últimos momentos de aflição e sofrimento de famílias que tentaram se salvar ou que saíram às pressas, deixando tudo para trás.
Os brinquedos das crianças ainda estão espalhados pelo quintal. Cadernos e agendas ficaram em cima dos móveis, ainda com as últimas anotações escritas com lápis.
As casas que ainda estão em pé dão passagem fácil ao visitante, pois já não há portas e as paredes desabaram. No interior, vestígios dos últimos momentos de aflição e sofrimento de famílias que tentaram se salvar ou que saíram às pressas, deixando tudo para trás.
Os brinquedos das crianças ainda estão espalhados pelo quintal. Cadernos e agendas ficaram em cima dos móveis, ainda com as últimas anotações escritas com lápis.
“É pior o desaparecimento. Porque quando você enterra, pelo menos faz o enterro digno de um filho”, lamentou Edésio, que já foi ao Instituto Médico Legal e a outros lugares, mas até agora não teve qualquer notícia de nenhum dos três.
Apesar da dor e das lembranças do lugar, ele reluta em abandonar o bairro, que teve luz e água cortadas por ordem da prefeitura, para evitar que os moradores voltem às suas casas. “Se a lei deixar, vou permanecer. Aqui ou em outro lugar a dor vai ser a mesma”.
Permanecer em Campo Grande, apesar de tudo o que aconteceu, também é a vontade de Amancio Gonçalves, de 56 anos, que trabalha como cabouqueiro (que fura e molda pedras). Ele viu sua casa, que construiu durante toda a vida, ser tomada pela água. No mesmo imóvel moravam cinco filhos e suas famílias. Todos se salvaram, mas estão desabrigados.
“Eu não tenho para onde ir. Onde querem me botar, eu não quero. Abrigo nem pensar”, protestava Amarildo, enquanto ajudava a tirar a lama de dentro de casa, ao mesmo tempo que uma retroescavadeira derrubava um imóvel próximo ao seu.
Apesar da dor e das lembranças do lugar, ele reluta em abandonar o bairro, que teve luz e água cortadas por ordem da prefeitura, para evitar que os moradores voltem às suas casas. “Se a lei deixar, vou permanecer. Aqui ou em outro lugar a dor vai ser a mesma”.
Permanecer em Campo Grande, apesar de tudo o que aconteceu, também é a vontade de Amancio Gonçalves, de 56 anos, que trabalha como cabouqueiro (que fura e molda pedras). Ele viu sua casa, que construiu durante toda a vida, ser tomada pela água. No mesmo imóvel moravam cinco filhos e suas famílias. Todos se salvaram, mas estão desabrigados.
“Eu não tenho para onde ir. Onde querem me botar, eu não quero. Abrigo nem pensar”, protestava Amarildo, enquanto ajudava a tirar a lama de dentro de casa, ao mesmo tempo que uma retroescavadeira derrubava um imóvel próximo ao seu.
O Dia Online.
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