Devido à previsão meteorológica de muitas chuvas neste verão no Norte Fluminense, a Defesa Civil está realizando inspeção nas áreas consideradas de maior perigo aos moradores. Uma das áreas inspecionadas é o conjunto habitacional com 59 unidades construído em 2006 para abrigar famílias que moravam às margens da BR-101 no distrito de Travessão. As casas foram construídas ao pé do conhecido “Morro das Antenas”, que tem mais de 10 metros de altura e que apresenta risco de deslizar sobre as moradias.
Agentes da Defesa Civil já cadastraram as famílias e, de acordo com moradores, em 2008 uma vizinha teve a casa invadida por terra que despencou do morro durante chuvas e está morando no aluguel social pago pela Prefeitura de Campos.
“A prefeita Rosinha determinou que estejamos atentos às áreas de risco e estamos inspecionando os locais onde as chuvas impõem preocupação. Por causa das chuvas, já enviei ao local uma equipe da Defesa Civil e técnicos da Secretaria de Obras em Morro do Coco para avaliar a situação. Assim que tivermos o laudo, no caso de risco iminente, vamos providenciar o aluguel social junto à Secretaria de Família e Assistência Social para abrigar as famílias em situação de risco”, informou o secretário da Defesa Civil Municipal, Marco Soares.
No conjunto habitacional de Morro do Coco, também na área Norte do município, a dona de casa Cristiane Max da Silva, moradora na casa de número 9 da Rua Projetada 1, teve a moradia condenada pela Defesa Civil em 2008 devido à queda de barreira nos fundos do imóvel, que atingiu um quarto. Ela permanece até hoje em uma casa de aluguel social patrocinada pela Secretaria de Família e Assistência Social.
Estação de alerta vai permitir acompanhamento das alterações climáticas em tempo realA Defesa Civil e o Grupo de Ações Coordenadas (Grac) têm cadastradas diversas famílias em situação de risco em áreas alagadiças nas seguintes localidades: bairro Ilha, em Ururaí, Rua Heitor dos Anjos, em Ururaí; margem do Canal Jacaré, em Guarus; Parque Prazeres; bairro Departamento, em Santo Eduardo, onde um córrego transborda; Lagoa de Cima (construções em áreas irregulares), Rio Preto (famílias que venderam casas recebidas e retornaram para áreas de enchente), Santa Maria, Conselheiro Josino, Murundu e Imbé, na localidade de Mocotó.
“Estamos com um grande projeto que vai remover todas as famílias em situação de risco para os conjuntos habitacionais do programa Morar Feliz. Além disso, a prefeita Rosinha Garotinho já nos autorizou e vamos, no decorrer deste ano, instalar 20 estações digitais que irão medir os índices pluviométricos, velocidades dos ventos e fornecer outros dados em tempo real na alteração do tempo, de forma que teremos condições de prevenir a remoção de famílias, utilizar barragens com sacos de areia e outras providências a favor da população. O sistema, que tem elevado padrão de tecnologia, emitirá inclusive alerta para o meu celular, para que as medidas preventivas sejam adotadas o mais rapidamente possível”, informou o secretário Marco Soares.
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