A lei da queimada da palha da cana-de-açúcar, que determina o fim das queimadas até o ano de 2014 será discutido nesta quarta-feira (30) do Seminário sobre o fim gradativo da queima da cana-de-açúcar. O evento trás a cidade o secretários estadual da Agricultura, Christino Áureo e a presidente do Inea, Marilene Ramos. O evento deve reunir 300 pessoas, entre fornecedores de cana, prestadores de serviços e técnicos da área industrial, além de instrutores da UFRRJ.
O presidente da Coagro, Frederico Paes esteve ontem no Programa Folha no Ar, do Grupo Folha para falar sobre o assunto.
— Os assuntos são amplos, mas gostaríamos que os ambientalistas também participem e discutam as diretrizes da Lei e o que já estamos fazendo para que tenhamos a volta da polícia florestal, para impedir os incêndios criminosos — disse ele.
O evento, com início previsto para as 13h30 — no auditório da universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Donana — está estruturado em palestras que não apenas tratarão das exigências legais, como também informarão sobre o sistema de controle e cadastramento dos proprietários, critérios para a autorização da queima pelo órgão ambiental do estado e sobre a mecanização propriamente dita. Este último tema, a ser abordado por representantes de empresas fornecedoras de equipamentos, tratará dos diversos aspectos agronômicos inseridos na lei, tais como as modificações no sistema de plantio, as variedades mais adequadas e ainda informações sobre as colheitadeiras, comparando-se a tecnologia atual com a perspectiva de novos métodos.
O seminário será promovido num momento em que a região tem produção da ordem de 2,6 milhões de toneladas de cana, cujo total se divide em 2,2 com moagem no estado e cerca de 0,4 no Espírito Santo.
Hoje, são quatro as unidades industriais em operação no território fluminense, sendo três no município campista e uma em Cabo Frio. A baixa produtividade agrícola, com reflexo no rendimento das usinas, está ligada a um regime pluviométrico irregular, intercalado por cheias e secas.
Especialistas que acompanham e estudam a agroindústria canavieira observam, por outro lado, que a atividade depende em grande parte do bom funcionamento da malha de canais e da bateria de comportas, fatores essenciais à irrigação e à drenagem, já que a maior parte da zona canavieira é de planície ao nível do mar, com interseções de canais. Um elevado número de propriedades classificadas como minifúndios seria outro elemento limitante de uma produção mais significativa, que resultaria, consequentemente, em maior produtividade.
O empresário e presidente do Sindicato Rural de Campos, Jose do Amaral Ribeiro Gomes, afirmou que pouco após a publicação da Lei 5990 reivindicou a realização do Seminário, como forma de esclarecer pontos importantes e de capacitar os produtores a realizar o que lhes cabe. “Estamos dispostos a cumprir o que consta do TAC, assim como apoiamos integralmente os objetivos da lei”, destacou.
Fonte: Folha da Manhã
Jane Ribeiro
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