Durante operação do Ministério Público Estadual (MPE), que investigava denúncia de irregularidades no programa da merenda escolar, em São Fidélis, os agentes prenderam o secretário municipal de Defesa Civil, Paulo Roberto de Souza Lage, além de Mara Goreth da Silva Hororato e Neiva Maura Stellet Pedreiro, respectivamente funcionárias das secretarias municipais de Educação e de Promoção Social. A ação aconteceu no final da tarde de quinta-feira, quando foram encontrados produtos destinados à merenda escolar fora do prazo de validade e estocados em locais impróprios.
Segundo o MPE, em vez de ser distribuída diretamente às escolas, grande quantidade de produtos da merenda escolar do município – alguns com a validade vencida – estava estocada em dois locais diferentes, que foram fechados e interditados: nas dependências da Defesa Civil e da Secretaria de Promoção e Bem Estar Social, que funcionam no mesmo prédio, no Centro, e no galpão do Depósito Municipal Central, no Bairro Coroados, na periferia da cidade. A pedido do MPE, o 8º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Campos) destinou duas equipes para custodiar os depósitos 24 horas por dia.
As duas funcionárias foram conduzidas a 141ª Delegacia Legal (DL/São Fidélis), sendo liberadas na tarde de ontem. Já Paulo Roberto foi transferido para um quartel do Corpo de Bombeiros, no Rio de Janeiro, já que é suboficial bombeiro militar da reserva.
Indiciados por crimes contra a ordem tributária
De acordo com informações repassadas por uma assistente da delegada titular da 141ª DL, Ivana Maria Peres Morgado, que estaria ocupada e não pode conceder entrevista à equipe de O Diário, Paulo Roberto, Mara Goreth e Neiva Maura foram indiciados por crime contra a ordem tributária e econômica e relações de consumo. O crime está previsto no Artigo 7º, inciso IX da Lei 8137/70, cuja pena varia de dois a cinco anos de detenção, ou aplicação de multa.
Nota Oficial - Através de nota oficial, a Prefeitura de São Fidélis negou a distribuição de alimentos fora do prazo de validade a escolas, creches e à população em geral. Acrescentou ainda que foi aberta uma sindicância e que, após a conclusão, tomará todas as medidas necessárias.
Fonte: O Diário
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