Na sessão extraordinária da Câmara Municipal de São Francisco de Itabapoana convocada para amanhã (terça-feira - 15/05), a partir das 10h, os vereadores decidirão o destino do prefeito Beto Azevedo (PMDB). Eles votarão pela cassação ou não do Chefe do Executivo, suspeito de fraudes e desvios de verbas no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo relatório divulgado pela Comissão Processante (CP) instalada na Casa de Leis para investigar as denúncias.
Os discursos dos vereadores antecederão o rito do processo de cassação e cada
um parlamentar terá 15 minutos para se manifestar com relação ao assunto. Em
seguida, o prefeito ou o seu advogado exporá durante duas horas seus argumentos.
No final dos trabalhos, a Câmara inicia a votação da cassação com o quorum de
2/3 dos vereadores, ou seja, seis dos nove da atual composição.
Em setembro do ano passado, Beto teve seu mandato cassado pela Justiça
Eleitoral por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio (compra de
votos) nas eleições de 2008. Com o afastamento, quem assumiu foi o presidente da
Câmara de Vereadores, Florentino Cerqueira de Azevedo (DEM), conhecido como
Tininho, após receber notificação do juiz Leonardo Cajueiro.
A ação de impugnação de mandato, proposta por Marcilene Barreto Nunes Daflon,
afirma que o prefeito e o vice foram beneficiados na distribuição de
combustíveis para eleitores durante a campanha. Dias depois, por efeito de uma
liminar com efeito suspensivo, concedida pelo juiz relator Antônio Augusto de
Toledo Gaspar, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Beto
voltou ao cargo.
Operação Fênix da PF
No último dia 29 de março, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Fênix
que culminou na prisão do prefeito Beto Azevedo, mais o então secretário
municipal de Saúde, Cristiano Salles Rodrigues; o ex-secretário da mesma pasta
Fabiano Córdoba Guimarães; o ex-diretor e sócio da clínica Fênix, Fabel dos
Santos Silva e sua esposa e sócia, Juliana de Souza Meireles, todos suspeitos de
participarem de esquema que desviou verba federal do SUS, através de fraudes com
a Clínica Fênix. Cinco dias depois, os suspeitos foram soltos, mas, segundo o
delegado da PF em Campos, Paulo Cassiano, as investigações avançam e não há
dúvidas de que o prefeito participou do esquema. A clínica declarava mais exames
do que os realizados e Beto Azevedo e os secretários municipais pagavam por
serviços não comprovados. A apuração trata da prática dos crimes de peculato,
corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.
Fonte: O Diário
Um comentário:
E como vai ficar o reajuste salarial dos servidores publicos??? data base foi Maio....
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