O prefeito de São Francisco de Itabapoana, Beto Azevedo (PMDB), disse que abandonará a política tão logo cumpra seu mandato e prometeu ingressar com uma ação judicial contra o vereador Fabio das Neves Moreira (PSDB), o Fabinho do Estaleiro, que denunciou uma trama para assassiná-lo, tendo o prefeito como autor da empreitada. “Estou sendo vítima de perseguição, e até da política já decidi que irei me afastar. No que depender de mim, o vereador pode ficar tranquilo. Fabinho deve jogar limpo e parar de enganar as pessoas se fazendo de vítima. Isso é a maior calúnia do mundo. Vou abrir um processo por danos morais contra ele. Fabinho quer se promover à custa de uma mentira. Jamais eu faria isso. Minha criação não permite algo dessa natureza. O que ele quer é ibope”, declarou o prefeito, em entrevista a uma emissora de rádio do município.
Na segunda-feira, Fabinho revelou que foi procurado por uma autoridade
policial de Campos, que lhe alertou sobre a existência de um esquema tramado
para matá-lo. O vereador é presidente da Comissão Processante (CPI) que
investiga evidências de fraudes e desvios de verbas do SUS (Sistema Único de
Saúde) na prefeitura.
Esta semana termina o prazo para que Beto apresente sua última defesa
(alegações finais) para que o processo de cassação de seu mandato seja instalado
na Câmara, numa sessão extraordinária.
O plano para o seu assassinato incluiria três pessoas do Rio de Janeiro e
duas outras da região, inclusive um policial civil, que se recusou a participar
do esquema. Fabinho disse ter sido orientado para sair do município, mas
garantiu que continuará os trabalhos na CP instalada na Câmara, além de reforçar
sua segurança pessoal. Além dele, como presidente, os vereadores Adriana Coelho
(PPL) e Cláudio Luiz Henriques (PSDC) estão à frente das investigações na CP. A
equipe de reportagem de O Diário tentou ouvir o prefeito na noite de ontem, por
celular, mas não obteve êxito.
Rombo na Saúde de São Francisco de Itabapoana beira R$ 2,5
milhões
Beto chegou a ficar preso por cinco dias pela Polícia Federal (PF), na
Operação Renascer, juntamente com os ex-secretários de Saúde do município,
Cristiano Sales e Fabiano Córdoba, além do empresário Fabel Santos Silva e
Juliana Meirelles, sua mulher.
Fabel é dono da Clínica Fênix, que chegou a registrar num mês faturas de
cerca de 35 mil requisições fraudulentas de exames laboratoriais e de imagens,
num município com 42 mil habitantes. O esquema de desvios de verbas no SUS
(Sistema Único de Saúde). O rombo nos cofres públicos, segundo apurou a PF, foi
estimado em R$ 2,5 milhões.
Fonte: O Diário
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