Prefeita de Campos e presidente do Comudes, Rosinha Garotinho, solicitou à CDL que o comércio feche as portas às 15h na sexta-feira
A cruzada pela defesa da manutenção dos atuais repasses dos royalties do petróleo ganhou ontem a adesão de diferentes setores da sociedade civil, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), durante a reunião extraordinária do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Comudes), convocada pela prefeita Rosinha Garotinho (PR) para reforçar o movimento. No encontro, lideranças da comunidade se comprometeram a contribuir para organizar e fortalecer a manifestação de protesto confirmada para a próxima sexta-feira, às 16h, na Praça São Salvador.
Ainda hoje será elaborado um manifesto a ser publicado no dia do ato público, na imprensa regional e nacional, com uma exposição de argumentos para explicar a luta dos municípios produtores e o espírito da lei que criou os royalties, além da razão e necessidade de manutenção dos repasses.
Rosinha conclamou a população a comparecer à manifestação. A prefeita aproveitou a presença do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos (CDL-Campos), Marcelo Mérida, para pedir a liberação dos comerciários na sexta-feira para o ato de protesto.
A prefeita enfatizou que a situação que se prenuncia é preocupante para Campos e estranhou que prefeitos de municípios vizinhos não estejam promovendo outras mobilizações em suas cidades. “Eu posso morrer, mas vou morrer brigando pelo que é nosso. Vou espernear sempre e não estou fazendo aqui nenhum terrorismo, apenas expondo uma realidade do que virá por aí. A cidade vai parar, porque muitas obras serão paralisadas, programas cancelados e convênios terão que ser suspensos. Vai ser o caos”, anunciou a prefeita.
A prefeita admitiu que a única lei a ser votada é a emenda Ibsen Pinheiro, no próximo dia cinco, na Câmara dos Deputados. “O que está em discussão no Ministério da Fazenda são apenas propostas, mas que nos prejudicam. Só lamento que hoje os municípios não estejam participando das negociações, como faziam à época em que eu era presidente da Ompetro”, afirmou.
Na reunião de ontem, o presidente regional da Firjan, Geraldo Hayen Coutinho, sugeriu proposta de negociação antes que seja votado veto à emenda Ibsen Pinheiro, que retira os royalties dos municípios produtores para dividir com os não produtores. Gel propôs que a fatia a contemplar os municípios não produtores fosse retirada de uma parcela das Participações Especiais, que não é regida por lei ordinária, segundo ele, mas por decreto.
Fonte: O Diário
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