Investimentos - Além da situação de emergência, o governo também anunciou investimentos de R$ 950 milhões para os próximos anos em três projetos ambientais para combater o problema das enchentes, contemplando, além das regiões Metropolitana, o Norte e Noroeste Fluminense. Os projetos foram selecionados dentre oito apresentados ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e ao governador Sérgio Cabral.
Segundo a assessoria, o valor será repassado pela União (R$ 850 milhões) e pelo estado (R$ 100 milhões). As obras foram detalhadas pelo secretário do Ambiente, Carlos Minc, pela presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, e pelo subsecretário de Projetos e Intervenções Especiais, Antônio da Hora, e incluem barragens e canais extravasores para desviar as águas nos períodos de cheia.
Ainda de acordo com o governo, os projetos vão beneficiar mais de um milhão de moradores das cidades ribeirinhas do Rio Muriaé, do Norte ao Noroeste fluminense, de Campos dos Goytacazes, no Norte do estado, além da bacia do Rio Alcântara, em São Gonçalo.
Força de Saúde - O governo criou ainda por decreto, a Força Estadual de Saúde para atuar em situação de emergência, para melhorar a atuação do estado em situações de emergência e desastres, e está subordinada à Secretaria de Estado de Saúde. “É o caso das cidades que sofrem pelos efeitos das chuvas ou com epidemia de dengue”, explicou o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes.
Rios demoram a baixar no Noroeste do Estado e ainda preocupam
Os rios do Noroeste estão demorando a baixar e ainda preocupam. Em Itaperuna, ontem à tarde, o Muriaé dava sinais de baixa, mas às 14h30 registrava 5.65m, tendo regredido apenas seis centímetros desde a manhã. Mas a expectativa não era das melhores. “Choveu muito ontem (segunda-feira) em Miraí, Minas Gerais, e essa água está a caminho. Em Laje do Muriaé, o rio estava com 7.22m às 6h e às 14h30 já media 7.67. Ainda temos o agravante das chuvas. Segundo o Clima Tempo, a previsão para a região é de 51mm para hoje, terça-feira”, disse o coordenador da Defesa Civil de Itaperuna, Valber Meireles.
Para o coronel Douglas Paulich, coordenador da Defesa Civil estadual no Noroeste, a situação pode melhor se não chover. “O rio está subindo e descendo. Até amanhã (hoje) à noite não há prognóstico de melhora. Se não chover até lá, ele baixa”, explicou, acrescentando: “só em Itaperuna, foram registrados mais de 30 deslizamentos nos últimos dias.
Prefeitos já buscam apoio para recuperação
Ontem cedo o prefeito Fernando Fernandes se reuniu em Campos com a prefeita Rosinha Garotinho e os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e do Transportes, Paulo Sérgio Passos, o vice governador Luiz Fernando Pezão e outros prefeitos da região. “Já solicitei ao Governo Federal verbas para construir encostas e muros de contenção,” disse Paulada após a reunião.
O prefeito de Cardoso Moreira também esteve na reunião. “Foi positivo, desde o momento em que eles ouviram todas as reivindicações, viram o quadro do município com o sobrevoo”, disse o prefeito Gilson Siqueira.
A situação de Cardoso se agravou com o rompimento de um segundo dique, no domingo, alagando o distrito de Outeiro. Em situação crítica também estão as cidades de Itaocara, Aperibé e São Fidélis, cortadas pelo Rio Paraíba do Sul, onde as águas que provocaram enchentes em Além Paraíba (MG) e deslizamento em Sapucaia (RJ) chegaram alagando ruas, desabrigando e desalojando famílias.
Centro-Sul - A situação de Sapucaia, na região Centro-Sul do Estado é grave, segundo afirmou o secretário estadual da Defesa Civil, Sérgio Simões, na tarde de ontem. No distrito de Jamapará, houve deslizamentos na última segunda-feira. Para o secretário há possibilidade de novos deslizamentos e rolamentos de pedras. O trabalho das equipes de resgate já localizou entre os escombros 13 corpos, até a tarde de ontem. A estimativa é de que ainda haja 10 pessoas soterradas.
Fonte: O Diário
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