O nível do Rio Paraíba do Sul vem subindo gradativamente em Campos desde a última sexta-feira, devido às chuvas em São Paulo e Rio
As intensas chuvas que caem no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo e do Rio de Janeiro, mais as águas que chegam da Zona da Mata Mineira, pelo Rio Muriaé, elevaram o nível do Rio Paraíba do Sul, em Campos, neste fim de semana. Na medição das 8h de sexta-feira, a Defesa Civil registrou 6m50 e ontem, às 20h, 8m34. A previsão é de continuar subindo, mas o grande volume de água ainda não preocupa a Defesa Civil, tendo em vista que o mar está com a maré em baixa e no Pontal de Atafona, em São João da Barra, a vazão é boa.
De acordo com o tenente Joaquim, a Defesa Civil entra em estado de alerta quando o nível das águas do Paraíba atinge 9m. “O ponto mais crítico em Campos é a Ilha do Cunha. Quando o nível atinge 9m50 já começa a entrar água naquela comunidade. Mas, neste momento, não há motivos para preocupação, porque apesar de ter mais água para passar, sabemos que o nível na barragem da Ilha dos Pombos está alto, mas eles reduziram a vazão”.
Rio Muriaé - Grande parte das águas que elevam o nível do Rio Paraíba é procedente do Rio Muriaé. A Defesa Civil monitora o nível do Muriaé a partir de Itaperuna e Italva. Ontem, o rio sofreu significativa elevação, devido às chuvas em Minas Gerais. “Em Itaperuna os Bombeiros registraram 2m80, às 8h, e em Italva, 2m70, no mesmo horário”, disse o tenente, que mantém equipe de sobreaviso para o caso de ações emergenciais na localidade de Três Vendas, próximo à divisa com o município de Cardoso Moreira, entre o Muriaé e a BR-356.
Região serrana de Campos também monitorada
É período de atenção também para a Bacia do Rio Ururai. O grande volume de chuva na região serrana de Campos coloca sob observação a Lagoa de Cima, o Rio Ururaí e a Lagoa Feia, que não possuem sistema equipado para monitorar as cheias, que seja eficaz para um plano preventivo. Segundo o major Joaquim Silva da Defesa Civil, as medições são feitas na base do “olhômetro”, uma vez que não possui régua medidora, e os alertas de cheias emitidos quando moradores informam sobre a ameaça de transbordo. “O rio está com 2m52, altura considerada normal para a época, passa a ser preocupante se atingir os três metros,” disse Silva que acrescenta: “ainda não existe monitoramento para a região serrana, como é feita com o Paraíba e o Muriaé. Existe um estudo para se fazer isso, inclusive o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) está vendo uma forma de monitorar as Lagoas de Cima, Feia e o Rio Urarai.”
A equipe de O Diário tentou buscar informações de quando o projeto entra em funcionamento, mas o responsável pelas operações estava em uma inspeção externa de vistoria para saber se as comportas do Rio Paraíba serão abertas ou se permanecem fechadas.
Foto: Carlos Emir
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