
O caminhoneiro José Zildo da Silva, 44 anos, voltou a se acorrentar na frente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. O primeiro protesto foi realizado no último dia 14, quando ele queria participar da audiência que poderia decidir se o caminhão dele seria liberado. Mas isso não aconteceu. Hoje, por volta das 5h40, ele voltou a protestar, na Enseada do Suá, em Vitória. "Daqui eu não saio. Vou ficar sem comer, sem beber, sem sair do lugar. Quero meu caminhão de volta", afirma Silva. Ele é de Pernambuco e está em Vitória há 41 dias. Segundo o caminhoneiro, o veículo foi apreendido injustamente, depois que uma empresa de São Paulo - que o tinha contratado - foi processada por uma empresa de formatura. O caminhão não foi liberado porque está no nome do antigo proprietário. Silva alega que ele tem uma procuração que confirma a mudança de dono. Mesmo assim, segundo ele, a juíza responsável pelo processo não liberou o veículo, nem depois da audiência realizada no último dia 16. Em nota, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que "a juíza da 2ª Vara Cível de Vitória realizou uma audiência com o senhor José Zildo, quando ele, acompanhado de seu advogado, teve a oportunidade de se manifestar para a magistrada. A juíza, inclusive, registrou oficialmente o depoimento de José Zildo, que nem é parte do processo." A nota da assessoria explica, ainda, que o caminhão que Silva quer de volta "está em nome de um primo dele, José Carlos, que é quem responde ao processo que tramita há mais de seis anos e, somente agora, é que o senhor José Zildo se manifestou." A juíza, agora, aguarda uma posição do advogado dele para definir se Zildo fará ou não parte do processo. Mas o caminhoneiro afirma que a juíza nem o ouviu. "Ela decretou uma quantia a ser paga pela empresa. Sabe que eu não estou envolvido, mas mantém o caminhão retido como garantia de pagamento. Não tenho mais para quem apelar. Só saio daqui com meu caminhão ou morto", frisou Silva.
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